Festa junina do Trapiche arrebenta a boca do balão

E a primeira festa junina do Trapiche Gamboa ontem foi um arraso! A casa estava linda de público e de enfeites. Um balão gigante verde e amarelo ficou suspenso no meio do salão. Meu agradecimento à Claudinha, ao Klevison e a todos os funcionários do Trapiche Gamboa. Também à Joana Cunha e Edison Viana, da Joaninha Produções. Ao pessoal do Vila Carioca que me recebe com carinho e hospeda. No início da noite, tivemos o luxo de receber o trompetista cubano Julio Padrón e meu parceiro e irmão Marcos Paiva, ambos envolvidos em uma mostra de música cubana que acontece hoje e amanhã no CCBB/RJ, e que foram nos prestigiar. Julio sentou-se à roda e lá ficou. Em casa. Tocamos, cantamos e dançamos a noite toda até quase 2h. Ao público que tem voltado às minhas apresentações, meu agradecimento. O próximo encontro será dia 13 de julho.

Trecho da matéria publicada na Revista V

Por Ronaldo Bressane

VINÍCIUS ERROU

Em um botequim ao lado de um cemitério, a paulistana Fabiana Cozza nasceu como nova estrela do samba brasileiro. Agora prepara o esperado segundo álbum

´Sinto/ abalada minha calma/ desperdiçada minh?alma´... era o lamento, exultante e em coro, que um passante captou ali flutuando ao lado da Necrópole São Paulo, esquina da Cardeal Arcoverde com a Horácio Lane. ´Não deixes que/ eu venha a sucumbir´..., pedia a voz aveludada, mais alta que o coro, enquanto, fascinado, como que atraído pelo sombrio dístico ´Nós que aqui estamos por vós esperamos´, o passante atirava sua âncora àquele boteco lotado, vizinho aos orixás do cemitério.

A voz comandava a turba de almas, mais bêbadas que penadas, e o passante precisava saber quem é que cantava com tanta propriedade, em registro profundo, entre o alegre e o triste, o clássico de Cartola. O bar se chama Ó do Borogodó, e a voz, o passante ouviu do garçom, pertence a uma mulata de olhar muito vivo e sorriso imantado, de nome Fabiana Cozza.

Conta Ruy Castro que o responsável por apelidar São Paulo de ´túmulo do samba´ foi Vinícius de Moraes. De passagem por um bar paulistano para ouvir Johnny Alf, o poeta ficou revoltado com a falta de cerimônia da platéia, um bando de burgueses babacas que soterrava o piano de um dos pais da bossa nova com comentários deselegantes. Vinícius subiu no palco, puxou o microfone e meteu a boca: ´Johnny, volte pro Rio... São Paulo é o túmulo do samba!´.

Para saber mais, adquira o exemplar impresso da revista, já nas bancas. O endereço do site é http://www.vw.com.br/revistav05/ed_018/materias/mat_02.htm

Voz e piano

Nesta quinta, a partir das 22h, estarei me apresentando com o excelente pianista, amigo, Guilherme Ribeiro no projeto Clube Caiubi Convida. Para este encontro preparamos canções inéditas de Paulo César Pinheiro em parceria com Rubens Nogueira, "Tom do Amor" que minha querida amiga Ceumar fez em minha homenagem (que chique), uma leitura de Kurt Weill entre outras. Aguardo vocês. Rua Peixoto Gomide, 1052.

Sururu na Roda, a dama Nilze Carvalho e o maestro Humberto Araujo

Estreei meus comentários sobre artistas falando de T-Kaçula há alguns dias. Acabo de chegar no RJ e, daqui a algumas horas, irei para o Estrela da Lapa conhecer e participar da roda do Sururu ou do Sururu na Roda que tem, entre outros componentes, uma mulher que canta lindo e impõe a mesma nobreza, graça e elegância de outras já consagradas ao olimpo da música brasileira como Alaíde Costa, Clara Nunes, Elizeth Cardoso. Falo da cantora, bandolinista e cavaquinista Nilze Carvalho, pérola do samba que o Rio de Janeiro tem revelado para além de suas fronteiras. Recentemente, Nilze esteve ao lado de Nei Lopes no Itaú Cultural (SP). Assisti a dois dos shows. A mulher roubou aplausos ensurdecedores sobretudo no duo/duelo com outra nobreza, o maestro e saxofonista Humberto Araújo. Num canto do palco, ele e seu sax encantado, feroz, ela, com seu bandolim de mil cordas e cores. Salve Nilze! Salve Humberto! Com Humberto, aliás, canto às quintas-feiras no Trapiche Gamboa. Quem não conhece, precisa ver!

Banda Maria Madalena

A idéia é antiga e é desse moço: outro irmão, o Da Lua. Começamos fazendo música num bar em Santo André, em encontros esporádicos, que dependiam das agendas de todos. Hoje recebi um telefonema do moço dizendo que a armação está feita: a banda já tem até nome - Maria Madalena - e é Paulinho Daflin, Alexandre Arruda, João Poleto, Marcelo Resende, Marinho Matos, Beiço, Felipe Roseno, eu e Da Lua.
O primeiro encontro em SP vai rolar nesta sexta-feira (16) no Blen Blen,
rua Inácio Pereira da Rocha 520. É só cair dentro!

Valeu Leandro, valeu Renatão!!!

Anuncio aqui, dois dos compositores selecionados para o Prêmio Visa 2006: Leandro Medina, meu irmão, autor de Valeu Clementina que gravei no primeiro CD. E meu irmão, também parceiro e violonista que há muito me acompanha, Renato Epstein. Não por acaso, estes dois também parceiros entre si.
Axé!!! Vamos arrebentar neste festival!!! Parabéns, vocês merecem!

Dia 15 - esquenta da quadrilha no Trapiche Gamboa

Acabo de voltar do RJ, onde cantei quinta-feira no Trapiche. Ao final da noite, embalados por Luiz Gonzaga, lancei a proposta de comemorarmos o dia de São Pedro (29) com quadrilha e tudo o que uma festa junina de 'responsa' nos reserva. Mais do que rápido surgiu o noivo, a noiva, o padre e até um delegado para o baile.
A Claudinha ("chefa") prometeu fazer canjica e enfeitar o salão. Acho que terá paçoca também, quentão, vinho quente...
Assim, na próxima quinta (15), FERIADO, voltarei ao Trapiche para mais uma noite junto a Marcelo Menezes (violão), Humberto Araújo (sax e flauta), Paulino Dias e Thiago (percussão) e Lenildo (cavaco) e o ensaio prévio da quadrilha! Diversão geral!!! Quem perder esta, só no dia 29, correndo o risco de passar vergonha se errar o balancê.

"Vinícius errou"

Com este título, o jornalista Ronaldo Bressane publica na 'Revista V' da Volkswagen, um artigo sobre Fabiana Cozza. A edição já está nas bancas. A foto foi feita em frente ao muro do Ó do Borogodó.

T-Kaçula

Há tempos desejo falar e chamar a atenção dos leitores para um artista de apelido T-Kaçula, personalidade hoje das mais importantes, militantes e sabedoras de samba no Brasil. Kaçula é jovem (algo em torno dos 30), empunha o cavaco na avenida para a nossa querida Camisa Verde e Branco passar, também é um dos coordenadores/idealizadores do projeto Samba Autêntico, trabalho lindo que resgata, educa e nos aproxima de nossas raízes negras ancestrais falando de samba, de suas personalidades históricas e da importância disso tudo na formação cultural brasileira. Fizemos recentemente um programa televisivo no Itaú Cultural chamado Jogo de Idéias, também com a participação do percussionista Douglas Alonso, um sucesso segundo o próprio apresentador Claudiney me contou outro dia. Não quero me estender muito mais já que em breve voltarei a falar dele que, em 2005, recebeu uma homenagem na Câmara dos Deputados como "personalidade do samba paulista". Assim, faço um convite: dia 24 haverá rua do Samba. É claro que nosso protagonista está envolvido na retomada deste projeto em São Paulo! Encontrei Kaçula ontem em uma "roda" na Vila Conceição e ele me contou que neste dia estarão presentes representantes de Congada e Jongo do interior de SP. A roda começa às 13h e fica na rua General Osório, no bairro da Luz. Axé Kaçula!

Luis Nassif inaugura blog na Internet

Entrou no ar neste domingo o blog do amigo jornalista e músico Luis Nassif trazendo crônicas, textos sobre músicos e música, poemas, espaço para críticas e discussões e outras informações. Vale a pena conferir. O endereço é: www.luisnassif.com.br

Temporada de junho no Trapiche

A partir desta quinta-feira (8), prossigo em temporada no Trapiche Gamboa. Os encontros acontecerão nos dias: 8, 15 e 29 de junho, a partir das 20h30. Me acompanham: Humberto Araújo (sax e flauta), Marcelo Menezes (violão), Paulino Dias (percussão) e Lenildo Gomes (cavaquinho). O endereço do Trapiche é: rua Sacadura Cabral, 155 - Gamboa (RJ). Reservas podem ser feitas pelo telefone: (21) 2516-0868.